quarta-feira, 5 de setembro de 2007

"Escola" não é sinônimo para "educação"

“Eu poderia estar roubando, eu poderia estar matando, mas estou aqui vendendo a nova bala de goma (...)”

Tal frase retrata bem como é o “passatempo” dessa molecada. A criança deveria ser criança, mas infelizmente muitas estão nas ruas de São Paulo, excluídas de sua juventude, vendendo doces, fazendo malabarismos em faróis ou envolvidas em trabalho de gente grande.

Até quando vamos cruzar os braços e amaldiçoá-las quando jogam sabão para lavar o vidro do nosso carro sem termos pedido? O ponto que quero focar é que essas crianças também precisam de atividades de lazer que eduquem para a vida, não só para o currículo.

O erro é que quando pensamos em educação, vêm logo borbulhante a palavra "escola". Crianças de rua precisam de um suporte de ensino diferenciado. Não adianta simplesmente serem matriculadas em uma escola. Um curso de pintura, de artesanato, ajudaria (e muito) no processo delas estimularem habilidades e convívio social.

Brincadeiras de roda, historinhas, cantigas. As opções vão até onde a sua criatividade chegar. Meninos e meninas de rua precisam ter infância, viver a infância! Um projeto que cultive essa época da vida delas pode ser um ótimo ponta-pé inicial.